quarta-feira, 10 de março de 2010

Minha Melhor Amiga


És o meu horizonte,minha estrela guia,o colorido que alegra o meu mundo.És a melhor amiga do mundo!

É logico que o Oscar de melhor atriz tinha que ser entregue a Mary Streep.Que Sandra Bullock é uma boa atriz sem duvida que sim, mas não ao ponto de levar aquela estatueta.Se fosse pra lhe dá um prêmio que tivesse sido na época do Miss Simpatia,ela estava simplemente maravilhosa,mas não por "Um sonho possivel"
Mas como diz um velho ditado: Um dia apois o outro.Enquanto isso Mery continua fazendo aquilo que ela faz muito bem,nos abrilhantando com o seu talento.

Mary Streep atriz nota 1000





Meryl Streep

Nasc: 22/06/1949 (60 anos)
Nome de Nascimento: Mary Louise Streep
Cidade: Summit, Nova Jersey
País: Estados Unidos

A biografar de uma atriz como Meryl Streep é uma tortura para qualquer cinéfilo. Não porque Streep possui uma filmografia extensa e variada, mas porque é difícil encontrar todos os adjetivos que suas performances distintas merecem. Nenhuma palavra consegue rivalizar com a precisão aguda dos sentimentos que Streep evoca em cada uma de suas atuações. Sinteticamente, e não se trata de uma hipérbole, Streep é hoje a melhor atriz ainda em atividade em Hollywood (e suas absurdas 12 indicações ao Oscar e 18 indicações ao Globo de Ouro comprovam o título).

Como era de se esperar de uma atriz conhecida por seu pragmatismo e técnica impecável, tornar-se uma estrela foi um objetivo estabelecido bastante cedo em sua vida. Na adolescência, Streep participava de produções organizadas por sua escola, a Bernard High School, e ainda era a melhor aluna da sala, a chefe das líderes de torcida e acabou sendo escolhida a rainha do baile de formatura. Ou seja, desde jovem já era versátil.

Na formação superior, estudou artes dramáticas em três universidades diferentes: Vassar, Datmouth e Yale. No teatro de repertório desta última, Streep atuou em quase 40 produções diferentes – um número extremamente ambicioso. De lá, passou direto para os palcos off-Broadway de Nova York, e causou verdadeira comoção no cenário artístico independente da cidade. Apadrinhada pelo lendário produtor Joe Papp, chamou a atenção em ''27 Wagons Full of Cotton'', pela qual recebeu sua primeira (e precoce) indicação a um grande prêmio – o Tony Award.

Em 1977, fez TV, com ''The Deadliest Season'' e estreou no cinema, a arte que lhe garantiria reconhecimento e sustento, com o drama ''Julia''. Diante de veteranas como Jane Fonda, Vanessa Redgrave e Hal Holbrook, Streep não se intimidou e fez uso daquelas que seriam notadas como suas maiores qualidades: o total controle da técnica dramática e a capacidade de imersão completa em suas personagens.

No ano seguinte, a promessa de prêmio tornou-se realidade com o Emmy que recebeu por sua atuação na minissérie televisiva ''Holocausto''. Poucos meses depois, viria a encontrar um adversário à altura em Robert De Niro, seu parceiro no drama ''O Franco-Atirador''. Seu papel era pequeno mas, provida de devida energia graças ao roteiro e à direção de Michael Cimino, Streep conseguiu aproveita-lo ao máximo, inaugurando sua lista de indicações ao Oscar.

Sua ascenção meteórica, em cerca de dois anos e meio, estava consolidada. O Oscar lhe garantiu enorme exposição, e Streep foi convocada por Woody Allen para fazer humor como sua cruel ex-esposa lésbica em ''Manhattan''. E, em 1979, retornaria ao drama para viver a indecisa e fragilizada esposa divorciada de Dustin Hoffman no sucesso ''Kramer vs. Kramer''. O filme é uma pequena pérola familiar, que pela primeira vez jogou luz sobre o trauma do divórcio e a desagregação (e constante restauração) da estrutura familiar. Streep seria novamente indicada ao Oscar, e desta vez levaria para casa o careca dourado (embora, vale lembrar, a lenda diga que Streep teria esquecido o troféu atrás de um vaso sanitário durante as festividades pós-Oscar).

Streep abriu sua grande década, a de 1980, com uma dupla participação no drama ''A Mulher do Tenente Francês'', ao lado de Jeremy Irons. Ela vivia tanto a amante de Irons, na Inglaterra Vitoriana, quanto sua namorada atriz nos tempos atuais. Claro, recebeu mais uma indicação ao Oscar. Não ganhou, mas a Academia a recompensou no ano seguinte por seu trabalho imbatível no drama ''A Escolha de Sofia''. Qual mãe não derramou quase um açude inteiro de lágrimas ao vê-la interpretar uma polonesa que, para escapar da perseguição do nazista, precisa abdicar de um de seus filhos? (Aliás, quem, seja mãe ou não, não chorou com esse filme?). ''A Escolha de Sofia'' também mostrou a habilidade de Streep em imitar, quase como se fosse uma nativa, diferentes sotaques.

Embalada, Streep continuou recebendo sucessivas indicações ao Oscar, mesmo quando seus filmes não tinham grandes aspirações artísticas ou não eram consenso entre os críticos – caso do thriller ''Silkwood - O Retrato de uma Coragem'', no qual ela vivia uma ex-funcionária de uma usina nuclear que se torna peça-chave quando seus patrões são julgados por negligência. Dois anos depois, viria mais uma indicação ao Oscar por ''Entre Dois Amores'', no qual ela interpreta uma mulher que cuida de uma plantação na África e precisa conciliar sua paixão por Robert Redford, o casamento arranjado com Klaus Maria Brandauer, uma guerra prestes a estourar e a súbita manifestação de uma doença fatal.

Meryl Streep permaneceu firme no terreno conhecido dos dramas, que lhe permitiu trabalhar com Jack Nicholson tanto em 1986, no romântico ''A Difícil Arte de Amar'' quanto em 1987, no amargo ''Ironweed''. Este último, dirigido pelo brasileiro Hector Babenco, lhe garantiu mais uma indicação ao prêmio máximo da Academia. Outra viria, no ano seguinte, por mais uma potente interpretação maternal – em ''Um Grito no Escuro'', Streep vivia uma australiana injustamente acusada de matar o próprio filho.

Como pode se notar até aqui, a carreira de Streep seguia um curso bastante definido e sem atribulações, sempre com devido reconhecimento e uma escolha sábia de papéis... o problema é que, para alguns críticos, estas escolhas eram sábias demais. Uma das maiores críticas americanas, Pauline Kael, cumpriu sua função de ''abalar o senso comum'' e liderou um levante contra a atriz, alegando que sua filmografia progredia de maneira muito previsível e que sua maestria técnica muitas vezes soava como pura insensibilidade. Streep havia perdido a capacidade de causar uma empatia acalorada com o público. De certa maneira, muitas dessas acusações eram endossadas pala maneira extremamente discreta com que Streep conduzia sua vida também fora das telas. Reservada quanto a sua intimidade, nunca se meteu em escândalos, não é chegada a estrelismos e tudo que se sabe de sua vida pessoal é que é casada desde 1978, com Don Gummer, com quem teve quatro filhos: Henry, Mary Willa, Grace e Louisa.

Não é porque você é considerada a melhor atriz de sua geração que sua carreira não vai ter altos e baixos. Este foi o período incerto da vida de Meryl Streep, no qual ela tentou reformular sua carreira, ousando alguns papéis diferentes e dificilmente encontrando algum à sua altura. Ela chegou até mesmo a tentar um filme de ação (!) com ''O Rio Selvagem'', no qual ela bate de frente com Kevin Bacon.

Também deixou as lágrimas de lado e emendou três comédias, com relativo sucesso. Saiu-se bem em ''Ela É o Diabo'' (como uma escritora egocêntrica atormentada pela ex-mulher de seu atual marido), em 1989; e intimidou os colegas Bruce Willis e Goldie Hawn na crítica à ditadura da estética ''A Morte lhe Cai Bem'', em 1992. Entre um filme e outro, fez seu melhor humorístico, o ''Lembranças de Hollywood'', de 1990. Vivendo uma atriz com sérios problemas de alcoolismo e tabagismo, e cuja carreira não decola por causa de sua mãe onipresente (Shirley MacLaine), Streep recebeu mais uma indicação ao Oscar. Diz a lenda que a Academia foi seduzida especialmente pela última cena do filme, na qual Streep revela mais uma de suas facetas e mostra que também é uma cantora afinadíssima (ela teve aulas de técnicas vocais desde os seis anos).

O elenco fenomenal e a história clássica de ''A Casa dos Espíritos'' a convenceu a retornar aos dramas. Voltou a trabalhar com Jeremy Irons e Vanessa Redgrave e teve a oportunidade de contracenar com a ótima Glenn Close, além de Wynona Rider e Antonio Banderas. Dois anos depois, refez as pazes com crítica e, principalmente, público, ao aceitar estrelar o romance ''As Pontes de Madison'', ao lado de Clint Eastwood. A atriz provava que chegava aos 45 anos em plena forma (e, claro, com mais uma indicação ao Oscar).

Ainda disposta a revelar diferentes lados de sua personalidade, Streep chocou o mundo ao brigar publicamente com a cantora Madonna pelo papel principal do musical ''Evita''. ''Eu consigo cantar melhor do que ela. Se Madonna conseguir o papel, eu vou rasgar a garganta dela!'', chegou a dizer. De fato, a cantora estrelou o filme de Alan Parker, mas Streep preferiu uma vingança menos violenta e atrasada: tirou de Madonna o papel principal em ''Música do Coração'', três anos depois. Para viver a professora de violino do filme, ela treinou com o instrumento por seis horas, sete dias por semana, por 8 semanas consecutivas. Madonna mordeu-se de inveja: foi ignorada pela Academia em ''Evita'', mas Streep recebeu sua 12ª indicação ao Oscar por ''Música do Coração''.

No final da década de 1990, Streep teve altos e baixos com diferentes dramas, incluindo ''As Filhas de Marvin'', no qual vivia a mãe de Leonardo DiCaprio e socorria a irmã com câncer Diane Keaton; ''Antes e Depois'', no qual interpretava uma mãe com dúvidas a respeito da inocência criminal de seu filho (Edward Furlong); e ''A Dança das Paixões'', como a mais velha de cinco irmãs vivendo na Irlanda do começo do século. Seu melhor filme desta época é mesmo ''Um Amor Verdadeiro'', com outro de seus papéis maternais, desta vez uma dona-de-casa que descobre que está morrendo e precisa fazer as pazes com a filha (Renée Zellweger). Foi mais uma vez indicada ao Oscar de atriz.

Streep ficou temporariamente longe dos cinemas no comecinho do novo milênio, mas voltou com toda força em 2002. Recebeu imensos elogios não por uma, mas por duas de suas atuações: como coadjuvante no drama feminino ''As Horas'', bem acompanhada por Nicole Kidman e Juliane Moore; e protagonista na comédia ''Adaptação'', do mesmo diretor e roteirista de ''Quero Ser John Malkovich''. Os dois filmes podem render um feito inédito em sua carreira: uma dupla indicação no Oscar. Se isto ocorrer, Streep também ultrapassará Katherine Hepburn e se tornará a atriz com maior número de indicações da história do prêmio.